PUBLICAÇÕES, EXPERIÊNCIAS EXITOSAS E MATERIAL DE REFERÊNCIA ACERCA DE OBESIDADE
07/04/2009
A obesidade aumentou principalmente em mulheres. Hoje , 13,6% delas estão nessa faixa. Excesso de peso se manteve estável nos últimos anos
Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que a obesidade aumentou nos brasileiros. Atualmente, 13% dos adultos são obesos, sendo o índice maior entre as mulheres (13,6%) do que entre os homens (12,4%). Em 2006, quando foi apresentada a primeira edição do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (VIGITEL), 11,4% dos brasileiros eram obesos. Em 2007, esse índice subiu para 12,9% (tabela 1).
07/04/2009
13% dos brasileiros adultos são obesos
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Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que a obesidade aumentou nos brasileiros. Atualmente, 13% dos adultos são obesos, sendo o índice maior entre as mulheres (13,6%) do que entre os homens (12,4%). Em 2006, quando foi apresentada a primeira edição do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Por Inquérito Telefônico (VIGITEL), 11,4% dos brasileiros eram obesos. Em 2007, esse índice subiu para 12,9% (tabela 1).
“A obesidade em mulheres vinha em uma tendência de estabilização nas pesquisas anteriores (VIGITEL 2006 e 2007) e, agora, há um aumento expressivo (tabela 2). É muito preocupante”, afirma a coordenadora geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta. “Historicamente, observamos uma mudança no padrão de peso corpóreo do brasileiro muito acentuado e rápido. A pesquisa Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF) realizada no Brasil em 1975 mostrou que 2,8% dos homens e 7,8% das mulheres eram obesas. Em 2002, dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares apontaram que a obesidade atingia 8,8% dos homens e 12,7% das mulheres. Estes dados confirmam o processo de transição nutricional pelo qual o país passa”, afirma Malta.
Já o índice de brasileiros com excesso de peso se manteve estável nos últimos três anos. Entre os adultos das 26 capitais e do Distrito Federal, 43,3% estão acima do peso (tabela 3). A freqüência entre os homens é maior: 47,3% deles estão com excesso de peso, enquanto 39,5% delas estão nessa faixa.
O excesso de peso é diagnosticado a partir do Índice de Massa Corporal (IMC), obtido pela razão entre o peso e o quadrado da altura. Se esse índice alcança valor igual ou superior a 25 kg/m², há excesso de peso. A obesidade é diagnosticada quando o índice atinge ou supera os 30 kg/m².
GAÚCHOS LIDERAM - Das 27 cidades pesquisadas, Porto Alegre é a que apresenta maior frequencia de excesso de peso em adultos: quase metade da população adulta (49%) está acima do peso (tabela 3). A capital gaúcha também lidera o ranking quando o assunto é obesidade – 15,9% dos adultos estão com IMC acima de 30 kg/m² (tabela 4). Já Teresina é a cidade em que há menor quantidade de pessoas acima do peso (36,6%), embora o menor número de obesos esteja em São Luís (MA), onde 9,5% são obesos.
A relação entre escolaridade e obesidade também foi pesquisada pelo VIGITEL. O resultado mostra que, no estrato de menor escolaridade, 18% das mulheres são obesas. No de maior escolaridade, são apenas 8,5%. Essa relação é diferente quando se trata dos homens: o índice de obesidade é praticamente o mesmo em todos os níveis de escolaridade – de 12% a 13% (tabela 5).
A relação entre escolaridade e obesidade também foi pesquisada pelo VIGITEL. O resultado mostra que, no estrato de menor escolaridade, 18% das mulheres são obesas. No de maior escolaridade, são apenas 8,5%. Essa relação é diferente quando se trata dos homens: o índice de obesidade é praticamente o mesmo em todos os níveis de escolaridade – de 12% a 13% (tabela 5).
Quanto à relação com a idade, o relatório revela maior freqüência de obesidade em homens entre 45 e 54 anos de idade; nessa faixa etária, o índice aumenta mais de três vezes comparado àqueles entre 18 e 24 anos, diminuindo nas faixas seguintes.
Nas mulheres, a freqüência aumenta mais de seis vezes entre 18 e 24 anos e de 55 a 64 anos. E diminui a partir dos 65 anos (tabela 5). “Diagnosticar o excesso de peso é importante para prevenir doenças crônicas, tais como as cardiovasculares”, lembra Deborah Malta.
Por isso, o MS alerta para a importância de uma alimentação saudável aliada à prática de atividade física no dia-a-dia. Isso não significa, obrigatoriamente, matricular-se em uma academia. A atividade física pode ser realizada no cotidiano de cada um, praticando caminhadas, dançando e outras atividades. Pode-se fazer atividade física no tempo livre ou do lazer, mas também há outras oportunidades para se exercitar: no trabalho, no deslocamento para o trabalho e nas atividades domésticas.
Tabela 1
Variações no percentual de indivíduos expostos a fatores de risco
Variáveis | 2006 | 2007 | 2008 |
% | % | % | |
Obesidade (total) | 11,4 | 12,9 | 13,0 |
Excesso de peso (total) | 43,0 | 43,4 | 43,3 |
Tabela 2
Variações no percentual de mulheres e homens expostos a fatores de risco
Variáveis | 2006 | 2007 | 2008 |
% | % | % | |
Obesidade (mulheres) | 11,5 | 12 | 13,6 |
Obesidade (homens) | 11,3 | 13,7 | 12,4 |
Tabela 3 – EXCESSO DE PESO
Percentual de adultos com excesso de peso (IMC ≥ 25 kg/m2)
Sexo | ||||
Capitais / DF | Total | Masculino | Feminino | |
% | % | % | ||
Aracaju | 42,0 | 43,0 | 41,0 | |
Belém | 46,4 | 52,1 | 40,3 | |
Belo Horizonte | 44,0 | 46,5 | 41,5 | |
Boa Vista | 45,9 | 48,1 | 43,3 | |
Campo Grande | 47,9 | 54,6 | 41,2 | |
Cuiabá | 48,4 | 51,8 | 44,8 | |
Curitiba | 46,7 | 48,9 | 44,7 | |
Florianópolis | 41,8 | 48,3 | 35,7 | |
Fortaleza | 44,3 | 49,6 | 39,4 | |
Goiânia | 44,6 | 48,6 | 40,6 | |
João Pessoa | 45,2 | 47,7 | 42,8 | |
Macapá | 47,7 | 51,8 | 43,4 | |
Maceió | 42,1 | 47,1 | 37,2 | |
Manaus | 42,2 | 42,3 | 42,1 | |
Natal | 43,4 | 46,1 | 40,9 | |
Palmas | 38,9 | 47,0 | 30,0 | |
Porto Alegre | 49,0 | 54,1 | 44,7 | |
Porto Velho | 44,1 | 46,9 | 41,0 | |
Recife | 46,5 | 51,5 | 41,7 | |
Rio Branco | 48,3 | 56,3 | 39,6 | |
Rio de Janeiro | 43,8 | 45,4 | 42,3 | |
Salvador | 41,0 | 41,4 | 40,6 | |
São Luís | 38,4 | 45,9 | 30,8 | |
São Paulo | 45,7 | 53,4 | 38,6 | |
Teresina | 36,6 | 38,7 | 34,6 | |
Vitória | 42,7 | 48,7 | 37,1 | |
Distrito Federal | 39,7 | 45,0 | 34,9 | |
Tabela 4 – OBESIDADE
Percentual de adultos com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2)
Sexo | |||||
Capitais / DF | Total | Masculino | Feminino | ||
% | % | % | |||
Aracaju | 13,8 | 11,2 | 16,3 | ||
Belém | 12,6 | 12,6 | 12,6 | ||
Belo Horizonte | 12,1 | 11,3 | 12,9 | ||
Boa Vista | 15,0 | 16,6 | 13,2 | ||
Campo Grande | 13,9 | 14,1 | 13,7 | ||
Cuiabá | 14,1 | 14,6 | 13,6 | ||
Curitiba | 14,1 | 13,4 | 14,7 | ||
Florianópolis | 12,0 | 13,5 | 10,5 | ||
Fortaleza | 15,0 | 14,6 | 15,3 | ||
Goiânia | 11,3 | 9,6 | 13,0 | ||
João Pessoa | 14,3 | 16,6 | 12,1 | ||
Macapá | 15,1 | 13,2 | 17,1 | ||
Maceió | 13,5 | 13,6 | 13,5 | ||
Manaus | 13,9 | 12,8 | 15,0 | ||
Natal | 11,7 | 11,6 | 11,8 | ||
Palmas | 10,2 | 10,2 | 10,2 | ||
Porto Alegre | 15,9 | 15,6 | 16,0 | ||
Porto Velho | 13,0 | 12,6 | 13,4 | ||
Recife | 13,9 | 15,4 | 12,5 | ||
Rio Branco | 15,2 | 14,6 | 15,8 | ||
Rio de Janeiro | 12,8 | 12,4 | 13,3 | ||
Salvador | 12,2 | 9,2 | 15,2 | ||
São Luís | 9,5 | 8,1 | 11,0 | ||
São Paulo | 13,8 | 15,2 | 12,5 | ||
Teresina | 10,7 | 12,2 | 9,3 | ||
Vitória | 11,0 | 11,8 | 10,3 | ||
Distrito Federal | 12,0 | 10,4 | 13,4 | ||
Tabela 5 - OBESIDADE
Percentual de indivíduos com obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2), por sexo, segundo idade e anos de escolaridade
Variáveis | Total | Masculino | Feminino |
% | % | % | |
Idade (anos) | |||
4,2 | 4,9 | 3,5 | |
11,9 | 11,9 | 11,8 | |
15,0 | 15,9 | 14,1 | |
19,3 | 18,0 | 20,5 | |
19,9 | 15,8 | 23,7 | |
65 e mais | 16,5 | 11,2 | 20,5 |
Anos de escolaridade | |||
0 a 8 | 15,0 | 12,3 | 18,0 |
9 a 11 | 10,6 | 11,8 | 9,5 |
12 e mais | 10,9 | 13,4 | 8,5 |
Total | 13,0 | 12,4 | 13,6 |
Fonte: Vigitel Brasil 2008.
Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580 e 3315 2351
Fonte: http://portal.saude.gov.br
Um comentário:
Muito pertinente. Promover a saúde e prevenir doenças através da alimentação adequada. Tenho um blog acerca desse assunto. Notícias sobre os alimentos que chegam na nossa mesa e como prepará-los de maneira simples, rápida e saudável.
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