O Dia Mundial de Combate a Hanseníase é lembrado sempre no último domingo de janeiro.
O controle da hanseníase é baseado no diagnóstico precoce de casos, seu tratamento e cura, visando eliminar fontes de infecção e evitar seqüelas. A detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos foi adotada como principal indicador de monitoramento da endemia, com meta de redução estabelecida em 10%, até 2011 e está inserida no Programa Mais Saúde: Direitos de Todos – 2008-2011 / Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH) estabeleceu diretrizes operacionais para a execução de diferentes ações, articuladas e integradas, que pudessem em todas as frentes de trabalho propiciar às pessoas que adoecem sejam atendidas nas suas necessidades e direitos. Sem perder de vista o desafio da horizontalização e da descentralização, organizou-se as ações do PNCH, a partir de cinco componentes/áreas: vigilância epidemiológica; gestão; atenção integral; comunicação e educação e pesquisa.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Em 2010, o coeficiente de prevalência de hanseníase no Brasil alcançou 1,56 casos por 10 mil habitantes, com importantes variações regionais. O coeficiente geral de detecção, 18,2 por 100 mil habitantes, é considerado médio: concentra-se em Estados da região Norte e Centro-Oeste e em algumas regiões metropolitanas do Nordeste. Observa-se redução significativa na detecção de casos em todas as regiões, em média de 4% ao ano. A proporção de cura nas coortes é considerada regular. O coeficiente de detecção de casos diagnosticados com grau II de incapacidade alcançou 1,2 casos por 100 mil habitantes. Todas as regiões e a maioria dos Estados apresentam redução deste coeficiente nos últimos três anos. Na última década, vem ocorrendo redução da carga de hanseníase no Brasil, expressa pela redução dos números de doentes em tratamento e de casos diagnosticados com lesões incapacitantes de grau II.
No Brasil, é necessário intensificar as ações de vigiilância da hanseníase, voltadas especialmente à maior efetividade no diagnóstico e tratamento da doença, especialmente nas regiões que apresentam maior concentração de casos no país. Além disso, é importante o contínuo aperfeiçoamento dos sistemas de informação, atividade fundamental para garantir o adequado monitoramento da situação epidemiológica da hanseníase no Brasil e para contribuir com a meta de eliminação da doença como problema de saúde pública.
A hanseníase é uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam de 600 anos Antes de Cristo, e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença. A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo descoberto em 1873 pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. Em homenagem ao seu descobridor, o bacilo é também chamado de Bacilo de Hansen. O bacilo de Hansen é um micróbio que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos. A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade do bacilo penetrar a célula nervosa e também ao seu poder imunogênico.
A hanseníase é uma das mais antigas doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam de 600 anos Antes de Cristo, e procedem da Ásia, que, juntamente com a África, podem ser consideradas o berço da doença. A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo descoberto em 1873 pelo médico Amaneur Hansen, na Noruega. Em homenagem ao seu descobridor, o bacilo é também chamado de Bacilo de Hansen. O bacilo de Hansen é um micróbio que apresenta afinidade pela pele e nervos periféricos. A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente as pessoas em faixa etária economicamente ativa comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social. O alto potencial incapacitante da hanseníase está diretamente relacionado à capacidade do bacilo penetrar a célula nervosa e também ao seu poder imunogênico.
No Brasil, permanece como um problema de saúde pública devido a sua magnitude, ao seu potencial incapacitante e por acometer a população na faixa etária ativa.
O Estado do Espírito Santo é endêmico para a hanseníase e o perfil nutricional em portadores de hanseníase acompanhados na rede de atenção primária à saúde da Grande Vitória foi objeto de estudo das pesquisadoras Rosa Maria Natalli Montenegro, Eliana Zandonade, Maria Del Carmen Bisi e Lucia Martins Diniz.
As autoras pretenderam investigar a hanseníase quanto à apresentação clínica, perfil sócio-demográfico, nutricional e alimentar de pacientes diagnosticados nas Unidades de Saúde dos municípios da Grande Vitória, no período de janeiro a dezembro de 2009.
No Espírito Santo os esforços para o controle da doença têm sido realizados, com resultados positivos como a redução do coeficiente de prevalência de 32,6 casos em 1991 para 3,20 casos/10.000 habitantes em 2007.
Atualmente, muitas discussões têm sido retomadas sobre a importância da nutrição nos cuidados com a saúde. Assim, a alimentação ganha importância na prevenção e controle de doenças. No contexto da saúde coletiva, estas devem estar inseridas nas ações dos direitos humanos para a vida e asseguradas pelas políticas públicas de promoção da saúde.
No total, 152 pacientes de ambos os sexos, em início de tratamento poli-quimioterápico foram estudados, sendo coletados dados sócio-demográficos, antropométricos, bioquímicos e de alimentação a partir de um questionário de freqüência alimentar (QFA) validado e adaptado. Foi calculado o índice de massa corporal (IMC) para avaliação do estado nutricional.
O estudo mostrou que: 79 (52%) dos participantes eram do sexo feminino, a média de idade foi de 40,4 anos (± 16,9); 81 (53,3%) possuíam vínculo empregatício; a média de anos de estudo foi de 7,1 (± 4,5). Em relação à doença, 79 (52%) eram multibacilares e 73 (48%) paucibacilares. O índice baciloscópico foi negativo em 125 (82,2%) pacientes. O excesso de peso foi identificado em 11,8% e 5,3% apresentaram baixo peso. O arroz e o feijão foram os alimentos relatados com maior freqüência de consumo: 87,3% e 88,7%, respectivamente.
O estudo demonstrou que ações simples, iniciadas na atenção primária à saúde, podem auxiliar na melhoria do acompanhamento a portadores de hanseníase.
Acessar ao estudo completo em PDF: clique aqui
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